Um dia de viagem, são muitas horas de ânsia e curiosidade, mas que no fim, são recompensadas da melhor forma.
Mal chegámos ao nosso destino, senti logo um clima diferente ao de que estava habituada. Milhares de pessoas chegaram de diferentes locais do mundo em busca do mesmo, encontrar o seu próprio “eu” e celebrar a Páscoa de uma forma diferente.
Fomos muito bem acolhidas, primeiro numa tenda de recepção onde as nossas malas ficaram até termos uma camarata disponível. Logo ai aconteceu uma coisa da qual não estávamos à espera, foram pedir voluntários para o “ponto 5”, e nós pronto, lá fomos, sem sabendo muito bem para o que íamos… Quando lá chegámos deparamo-nos com vassouras, íamos varrer o chão do alpendre. Tudo bem, aceitámos a tarefa e foi uma experiência muito interessante!
O nosso primeiro almoço foi muito estranho, pois não estávamos habituadas a comer com tantas pessoas diferentes à nossa volta. Íamos com um bocado de receio da nossa primeira refeição, pois já nos tinham avisado que a comida lá não era das melhores. Mas fomos mais uma vez surpreendidas pela positiva, a comida não foi assim tão má como pensáramos. Após o almoço, fomos lavar a loiça, também foi muito giro.
Aproveitamos a tarde para nos hospedarmos e conhecer melhor a comunidade. Após o jantar, fomos à nossa primeira oração, a oração da noite, que é linda, tal como todas as outras. Um mar de gente a cantar línguas diferentes das suas origens, mas todos com a mesma mensagem: louvar a Deus. Cantei em várias línguas, como Espanhol, Lituano, Alemão, Francês, Italiano, Português, etc.
No dia seguinte criaram-se os grupos de reflexão das passagens Bíblicas. Eu e mais uma colega minha portuguesa, ficámos num grupo com pessoas diferentes de nós. A nossa “contact person” era alemã e com ela vinham mais três, dois noruegueses, mais duas portuguesas e dois franceses. Eram todos muito queridos e eu criei grandes relações com eles, das quais ainda mantenho contacto, e acho que se vai manter para sempre.
Tive a oportunidade de me confessar. Senti-me muito mais livre e receptiva a novas ideias, e no fundo tirei um peso da consciência.
A parte mais difícil foi a despedida, ninguém queria vir embora. A única coisa que nos deu a mínima vontade de voltar para Portugal foi a esperança de para a próxima Páscoa lá podermos voltar, para uma experiência que com certeza, não será igual.
Espero que para o ano vá mais gente da minha escola, pois é uma experiência única que uma pessoa tem na vida, e se tem oportunidade de aproveitar, porque não?
Taizé mudou a minha vida de uma forma especial. Foi uma Páscoa diferente e muito bem vivida!
Lígia Machado
Aluna do 10ºano EMRC - Escola Secundária do Entroncamento
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